quinta-feira, 26 de abril de 2018

26 de abril: Dia Mundial de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (Pressão Alta)

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O que é hipertensão arterial?

hipertensão arterial (pressão alta) é das doenças de maior prevalência na população. No Brasil, cerca de 30% da população têm hipertensão arterial. Destes, 50% têm consciência de sua condição de saúde, mas apenas 25% destes aderem ao tratamento. Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vem aumentando a cada dia.
A pressão alta caracteriza-se pela presença de níveis de pressão arterial elevados associados a alterações no metabolismo do organismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular. Ela é considerada um dos principais fatores de risco para outras doenças e, no Brasil, é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho. É uma condição de causas multifatoriais que deve receber a atenção e o cuidado de todos.

Quais são as causas?

Em 95% dos casos, a causa da hipertensão arterial (HA) é desconhecida, sendo chamada de HA primária ou essencial. Nesses pacientes, ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais e a herança genética pode contribuir para o aparecimento da doença em 70% dos casos.
Nos demais, ocorre a HA secundária, ou seja, quando uma determinada causa predomina sobre as demais, embora outras possam estar presentes. É o caso da:
•HA por doença do parênquima renal
•HA renovascular: provocada por algum problema nas artérias renais. O rim afetado produz substâncias que elevam a pressão arterial
•HA por aldosteronismo primário
•HA relacionada à gestação
•HA relacionada ao uso de medicamentos; como corticosteroides, anticoncepcionais ou anti-inflamatórios
•HA relacionada ao feocromocitomatumor que produz substâncias vasoconstritoras que aumentam a pressão arterial, produzem taquicardiacefaleia e sudorese
•HA relacionada a outras causas

Quem está em risco para desenvolver esta condição?

Pessoas com história familiar de hipertensão podem apresentar maior risco para a doença. Pesquise se em sua família existem pessoas hipertensas. Caso faça parte deste grupo, procure orientação sobre como começar a prevenir a hipertensão. Agende uma consulta com um cardiologista ou um nefrologista.
Níveis elevados de pressão arterial são facilitados pela elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool. Os dois últimos fatores de risco são os que mais contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial. O papel do teor de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial ainda não está definido.
Os brasileiros consomem o dobro de sódio recomendado. Se consumissem o que é ideal para a saúde, poderiam ajudar a reduzir cerca de 10% das mortes por infarto agudo do miocárdio e 15% das mortes por acidentes vasculares cerebrais (AVCs). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os adultos deveriam consumir menos de dois gramas de sódio ou menos de cinco gramas de sal, o que equivale a menos de uma colher de chá rasa de sal ou cinco pacotinhos daqueles servidos em restaurantes, já que cada um contém um grama. O aumento do consumo de potássio também é imprescindível: pelo menos 3,51 gramas por dia.
O estresse psicológico e o sedentarismo ainda aguardam provas mais definitivas de participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial.
O aumento do risco cardiovascular ocorre também pela agregação de outros fatores, como tabagismo e dislipidemias – alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, intolerância à glicose e diabetes mellitus.

O que sente o portador desta condição?

Como quem tem pressão alta muitas vezes não sente nada (por isso a hipertensão arterial é conhecida como uma “doença silenciosa”), essas pessoas não se tratam e terão as consequências dessa falta de tratamento no decorrer de suas vidas. Alguns dos sintomas que podem indicar a pressão alta são dor de cabeçasangramento nasaltonturas e falta de ar.

Como o médico faz o diagnóstico?

diagnóstico é feito pela aferição (medida) cuidadosa da pressão arterial em mais de uma oportunidade. As medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão para as medidas posteriores.
A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. A medida nas posições ortostática e supina deve ser feita pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos e em todas as avaliações em idosos, diabéticos, portadores de disautonomias, alcoolistas e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva.
As medidas devem ser realizadas por profissionais experientes e usando um equipamento devidamente calibrado.

Quais as opções de tratamento disponíveis?

Existem dois tipos de tratamento para os hipertensos: não-medicamentoso e medicamentoso.
Um estilo de vida saudável é fundamental para controlar fatores ambientais que influenciam negativamente a pressão arterial. Uma alimentação rica em frutas, verduras e vegetais, evitar a ingestão excessiva de sal, combater o sedentarismo e a obesidade, evitar o álcool e o cigarro colaboram para a redução da pressão arterial e para a diminuição do risco cardiovascular.
Quando essas medidas não são suficientes para controlar a pressão arterial, o médico pode optar por introduzir medicações hipotensoras com o objetivo de reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovasculares. O tratamento medicamentoso deve estar sempre associado ao tratamento não-medicamentoso citado acima.
Existem vários medicamentos usados para controlar a hipertensão, como diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores do receptor AT1 e bloqueadores dos canais de cálcio. Às vezes, é necessário que o médico oriente uma associação de anti-hipertensivos.
O objetivo é reduzir a pressão arterial para valores inferiores a 140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg de pressão diastólica, respeitando-se as características individuais, a presença de outras doenças e a qualidade de vida dos pacientes.

Quais são as complicações da doença?

O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram danos às artérias. Elas tornam-se mais espessadas e estreitadas, podem começar a ter placas de gordura aderidas a sua superfície, dificultando o fluxo sanguíneo. As artérias vão perdendo sua elasticidade, podendo entupir ou romper.
Essas complicações da hipertensão atingem mais frequentemente o coração, cérebro, rinsolhos e artérias periféricas. Podendo levar ao infarto agudo do miocárdio (IAM)insuficiência cardíacaarritmias cardíacasacidente vascular cerebralinsuficiência renal, problemas oculares como diminuição da visão e alterações na retina ou problemas circulatórios.

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