terça-feira, 22 de março de 2016

Dia Internacional da Água


O tema “água” atualmente é foco de preocupação e discussões em todo o mundo.
Pela sua importância e pelo fato de ser um recurso natural que corre o risco de se esgotar, foi instituído em _ 22 de março, o _ _ Dia Internacional da Água _, criado pela Organização das Nações Unidas – ONU, com o objetivo de levar à reflexão sobre a importância da água e sobre formas de utilizá-la de modo mais racional.
Para deixar bem fixada a importância desta data, em 1992, primeiro ano em que houve a comemoração, esta organização divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água , que é ordenada em dez artigos. Veja a seguir alguns trechos dessa declaração:
1 - A água faz parte do patrimônio do planeta;
2 - A água é a seiva do nosso planeta;
3 - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
4 - O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
7 - A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
8 - A utilização da água implica respeito à lei;
9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

22 de Março - Dia Internacional da Água





História do Dia Mundial da Água


Sabemos que a água é umrecurso essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. Ela atua mantendo nosso corpo hidratado, ajuda no transporte de substâncias, funciona como solvente, regula a nossa temperatura, participa de reações químicas, entre várias outras funções.
Apesar de o nosso planeta ser repleto de água, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Vale destacar, no entanto, que essa quantidade não está distribuída igualmente por todo o território, consequentemente, existem locais onde esse recurso é considerado bastante valioso. Em virtude dessa desigualdade de distribuição, em várias regiões ocorrem verdadeiros conflitos por água.
Além da escassez de água em algumas regiões, enfrentamos ainda o problema da baixa qualidade. A poluição causada pelas atividades humanas faz com que a água esteja disponível, porém não esteja própria para o consumo. Estima-se que20% da população mundial não tenha acesso à água limpa e, segundo a UNICEF, cerca de 1400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene.
Diante da importância da água para a nossa sobrevivência e da necessidade urgente de manter esse recurso disponível, surgiu o Dia Mundial da Água. Essa data, comemorada no dia 22 de março, foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa à ampliação da discussão sobre esse tema tão importante.
No dia 22 de março de 1992, a ONU, além de instituir o Dia Mundial da Água, divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que é ordenada em dez artigos. Veja a seguir alguns trechos dessa declaração:
1- A água faz parte do patrimônio do planeta;
2-A água é a seiva do nosso planeta;
3- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
4- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
5- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
6- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
7- A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
8- A utilização da água implica respeito à lei;
9- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
10- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Como toda a população necessita da água para a sua sobrevivência, em julho de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, através da Resolução A/RES/64/292, que a água limpa e segura e o saneamento básico são direitos humanos. Sendo assim, a água de qualidade e o saneamento básico passaram a ser um direito garantido por lei.
O uso racional e sua preservação são fundamentais para garantir qualidade de vida para a nossa geração e para as futuras. Faça uso consciente da água!


segunda-feira, 21 de março de 2016

Mito ou Verdade


Sabe aquele monte de assunto sem pé nem cabeça que estamos tão acostumados a ouvir a respeito do câncer, como "Desenvolver um câncer é um castigo!" ou, por exemplo, "Desodorante antiperspirante pode causar câncer de mama"? Resolvemos desmistifica-los por aqui! Acesse conheça alguns mitos e verdades sobre o câncer.

Desenvolver câncer é um castigo.


Mito – Existem várias causas para o aparecimento do câncer, são os chamados fatores de risco. Os principais fatores de risco para os casos de câncer são o tabagismo, o consumo exagerado de álcool, maus hábitos alimentares e sedentarismo.


Pessoas na minha família tiveram câncer, portanto também terei já que o câncer é hereditário?


Mito – De forma geral, o câncer não é hereditário. Há apenas alguns raros casos que são herdados, como o retinoblastoma, um tipo de câncer nos olhos que ocorre em crianças. Entretanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à ação de carcinógenos, que são os agentes que provocam o desenvolvimento de um câncer ou tumor maligno no organismo, o que explica porquê algumas dessas pessoas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. 


O câncer é contagioso?


Mito - Mesmo o câncer causado por vírus não é contagioso, ou seja, não passa de uma pessoa para a outra por contágio como ocorre, por exemplo, com resfriados. No entanto, alguns vírus, como os da hepatite B ou o HPV, podem ser transmitidos pelo contato sexual, através de transfusões de sangue ou de uso compartilhado de seringas contaminadas para injetar drogas.


Um tumor pode ser causado por um trauma, por exemplo, uma pancada durante uma batida de automóvel?


Mito - A batida pode formar um caroço, que, em exames rotineiros, se assemelha a um tumor, mas é benigno. Outro fato frequente é que, a partir do momento do trauma, a preocupação da pessoa aumenta e, através do toque mais frequente ou outro exame, pode se descobrir um nódulo que já estava presente no corpo.


O tabaco causa apenas câncer de pulmão?


Mito - Fumar é a principal causa do câncer de pulmão, laringe, faringe, cavidade oral e esôfago. No entanto, também está relacionado com o desenvolvimento de câncer de bexiga, pâncreas, útero, rim e estômago, além de algumas formas de leucemia.


Charutos e cachimbos provocam menos câncer de pulmão que cigarros comuns?


Mito - Tanto os cigarros como os charutos e fumo para cachimbos consistem em folhas de tabaco secas. Entre as 5.700 substâncias identificadas no tabaco e na sua fumaça, cerca de 60 são comprovadamente cancerígenas. Como há mais fumantes de cigarros do que de charutos e cachimbos, a ocorrência de câncer pelo consumo de cigarro é maior, no entanto charutos e cachimbos são igualmente perigosos.


Câncer de pele é mais comum em pessoas com idade acima de 40 anos.


Verdade - Os efeitos nocivos do sol são cumulativos, por isso é comum que o câncer de pele apareça após os 40 anos de idade.


Pessoas afrodescendentes não correm risco de ter câncer de pele.


Mito - Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, não importando a raça ou idade. No entanto, aquelas com maior concentração de melanina na pele, como as pessoas  afrodescendentes, apresentam menor incidência de câncer de pele. Embora seja mais raro, pode aparecer principalmente na palma das mãos ou na planta dos pés. Por isso, todos devem se proteger do sol, usando chapéus e filtros solares adequados. 


O uso de filtro solar protege contra todos os tipos de raios ultravioleta.


Mito - Nem todos os filtros solares oferecem proteção completa contra raios UVB e UVA. O problema é que radiações como as infravermelhas não são bloqueadas pelos filtros solares. Portanto, procure usar um filtro solar com FPS a partir de 30 e que tenha proteção contra ambas as formas de raios UV.


A maior incidência de câncer de pele ocorre na cabeça, no rosto e no pescoço.


Verdade - Isto porque são as áreas mais expostas à radiação solar. A recomendação é utilizar protetor solar e chapéus ou bonés.


A destruição da camada de ozônio aumenta as chances de se desenvolver algum tipo de câncer, principalmente o câncer de pele.

Verdade - Com a destruição da camada de ozônio, a probabilidade do aparecimento de lesões pré-cancerígenas e cancerígenas aumenta exponencialmente. A recomendação é sempre usar protetor solar ainda em dias nublados.



Encontrei um nódulo no meu pescoço. É câncer.


Mito - O autoexame da tireoide é muito importante para detectar nódulos precocemente. No entanto, localizar um nódulo nessa glândula não significa que você esteja com câncer. Procure seu médico que irá examinar e solicitar exames para realizar um diagnóstico certeiro e eventualmente o tratamento do nódulo encontrado. A maioria dos nódulos achados na tireoide são benignos.


Hipotireoidismo ou hipertireoidismo são  sintomas do câncer de tireoide.


Mito - Todas as pessoas que têm alguma alteração na anatomia ou função da glândula tireoide devem consultar um médico e realizar os exames para diagnosticar esta alteração. O hipo e o hipertireoidismo não estão relacionados com aparecimento de câncer.


Se eu faço o autoexame de mamas todos os meses não preciso fazer mamografia.


Mito - Normalmente, se você fizer o autoexame todos os meses e visitar seu médico anualmente, uma mamografia por ano é suficiente. A American Cancer Society (ACS) recomenda a mamografia, junto com o autoexame e o exame clínico feito por um profissional de saúde como forma de diagnosticar precocemente o câncer de mama. No Brasil, existe a lei 11.664, de 2010, que prevê a realização de mamografias em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade.


Amamentar protege o peito do câncer de mama?


Verdade - Quando o bebê mama, as células mamárias produzem leite e se multiplicam menos, o que reduz o risco de contrair a doença.


Desodorante antiperspirante causa câncer de mama.


Mito - Esse é um boato que circula na Internet, mas nada tem de verdadeiro. Não existem pesquisas ou estudos que demonstrem haver qualquer relação entre o uso de desodorantes e câncer de mama. O que pode acontecer é a obstrução de algumas glândulas sudoríparas, mas isso não afeta a mama.


A frequência sexual interfere na ocorrência de câncer de mama.


Mito – Não. Especialistas afirmam que não há relação alguma entre a frequência sexual e o surgimento do câncer. É importante mencionar que a atividade sexual não ajuda a proteger as mamas contra o câncer. O que protege contra doenças mamárias é a gravidez e a lactação.


Voar de avião ou ficar sempre perto de antenas de celulares e torres de energia aumenta o risco de desenvolver câncer.


Mito - Não há nenhuma comprovação científica de que radiação de celulares, eletromagnéticas, micro-ondas e aviões possam causar tumores. Até o momento, os estudos feitos para determinar a relação desses tipos de radiação com o aparecimento de câncer não mostraram nenhuma evidência de que isso ocorra. Mas, o assunto permanece "em aberto” e mais pesquisas são necessárias para se chegar a uma conclusão. É importante ressaltar que a radioatividade em altas concentrações representa riscos para desenvolver um câncer.


Alimentos cozidos em forno de micro-ondas provocam câncer.


Mito - As micro-ondas não tornam o alimento radioativo, nem apresentam risco de exposição às radiações desde que usadas de acordo com as instruções do fabricante. A exposição a altas doses de micro-ondas pode provocar queimaduras ou catarata nos olhos, mas a pequena quantidade que pode vazar de um forno caseiro não deve causar problemas.


Um paciente com câncer de próstata tem perda da masculinidade.


Mito – De forma alguma, no entanto os tratamento para o câncer de próstata podem provocar alguns efeitos colaterais que devem ser avaliados e tratados dependendo de cada paciente. 


O toque retal para o diagnóstico de câncer de próstata causa diminuição de virilidade.


Mito - O toque retal não afeta o desempenho sexual de quem realiza o exame. Se a doença for diagnosticada precocemente, o tratamento não influenciará a atividade sexual do paciente. Portanto, não haverá riscos de perda de desejo e desempenho sexual.


Anemia transforma-se em leucemia.


Mito - A leucemia causa anemia, devido à diminuição na produção de células sanguíneas. Quase todas as crianças que têm leucemia apresentam anemia. Mas, nem todas as que têm anemia vão desenvolver leucemia. A anemia tem diversas causas, como desnutrição ou excesso de menstruação.


O câncer tem cura?


Verdade - Embora a medicina realize sempre, o tratamento individualizado e para cada paciente, cada um responde de maneira particular às diferentes terapias. O câncer é curável, desde que diagnosticado precocemente e tratado corretamente.

terça-feira, 15 de março de 2016

Encometriose


Mitos e verdades – Endometriose

A endometriose é conhecida como “doença da mulher moderna” e muito se fala nela. Mas você realmente sabe quais são suas características e consequências? Confira alguns mitos e verdades sobre ela:

Dores durante ou após as relações sexuais podem ser sintoma de endometriose.
– Verdade. As lesões da endometriose causam uma reação inflamatória crônica que pode provocar sintomas dolorosos e recorrentes.
A endometriose só atinge mulheres que estão na fase reprodutiva.
– Mito. A endometriose ocorre na fase reprodutiva e na pós-menopausa imediata, o que apoia a ideia da sua dependência do hormônio estrógeno.

A endometriose é uma doença progressiva.
– Verdade. Quando não tratada, a endometriose causa processos de aderências e infiltração em órgãos como bexiga e intestino. Casos avançados da doença também podem resultar em infertilidade.

A endometriose está diretamente ligada ao desenvolvimento do câncer no ovário.
– Mito. Não existe essa associação, embora a endometriose possa aumentar a chance de desenvolver um cisto pequeno, chamado de endrometrioma, que pode ou não ser maligno. Não é comum um tratamento da endometriose para prevenir o câncer de ovário.

A endometriose se não tratada pode deixar a mulher infértil.
– Verdade. A mulher precisa estar atenta a dor da cólica, aumento de fluxo menstrual e todos os outros sintomas que saiam do padrão do período menstrual. A cólica da endometriose não pode ser tratada com medicamento comum, principalmente nas mulheres mais jovens, que têm uma vida reprodutiva pela frente que pode ficar comprometida se a endometriose não for tratada adequadamente.

Endometriose é uma doença causada apenas pelo aumento do fluxo menstrual.
– Mito. Na verdade, a endometriose depende do hormônio feminino produzido pelo ovário, o estrógeno, para seu desenvolvimento. Esse mesmo hormônio é produzido pelo tecido gorduroso, mesmo sendo uma forma menos ativa, o que favorece uma piora da doença. Além disso, a doença está associada à predisposição genética, estilo de vida, queda do sistema imunológico e alterações no fluxo menstrual.

sábado, 12 de março de 2016

Câncer de Cólorretal


MARÇO É CONSIDERADO O MÊS MUNDIAL PARA A CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER DE COLORRETAL (INTESTINO).

O que é o Câncer de Colorretal?
O câncer do intestino grosso, chamado também de câncer de cólon e de reto ou colorretal, é uma doença que atinge frequentemente homens e mulheres no mundo ocidental.


Em sua maioria, o câncer colorretal se desenvolve gradativamente sem apresentar qualquer sintoma por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada.



Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo se descobre o câncer, maiores são as chances de cura da doença.
O rastreamento pode detectar o câncer colorretal precocemente, quando ainda a possibilidade de cura é grande. Isso ocorre porque alguns pólipos ou tumores podem ser encontrados e removidos antes de se transformarem em câncer.

Rastreamento
Rastreamento é o processo da detecção de câncer em pessoas sem qualquer sintoma, e pode ser dividido em dois grandes grupos:
Exames que podem detectar a presença de pólipos – São exames que avaliam a estrutura do cólon para detectar as áreas anormais. Os pólipos podem ser retirados antes de se tornarem cancerígenos.
•   Sigmoidoscopia flexível, a cada 5 anos

•   Colonoscopia, a cada 10 anos
•   Enema opaco com duplo contraste, a cada 5 anos
•   Colonoscopia virtual, a cada 5 anos

Exames para detecção de câncer - Exame de fezes para detecção de sinais de câncer. Este exame é menos invasivo e mais fácil de ser feito, mas é menos específico  para detecção de pólipos.
•   Exame de sangue oculto nas fezes, anualmente

•   Imunoquímico fecal, anualmente
•   DNA das fezes, intervalo incerto

Esses testes, assim como outros podem ser utilizados quando as pessoas têm sintomas do aparelho digestivo que podem ser de câncer colorretal ou outras doenças que podem acometer o intestino.

Recomendações
A prevenção do câncer colorretal deve ser uma das principais razões para a realização dos exames. Encontrar e remover pólipos pode evitar que algumas pessoas desenvolvam câncer colorretal. Começando aos 50 anos de idade, homens e mulheres com risco médio para o desenvolvimento de câncer colorretal devem fazer os seguintes rastreamentos:
Em um exame de toque retal, o médico examina o reto com um dedo com luva lubrificada. O toque retal está incluído no exame físico rotineiro, mas, não é recomendado como único exame para detecção do câncer colorretal. Este exame simples e indolor, pode detectar massas no canal anal ou reto inferior. No entanto, não é um bom teste para detecção de câncer colorretal, devido ao alcance limitado.
Se você pertence a um grupo de risco aumentado ou alto para câncer colorretal, você deve iniciar o rastreamento do câncer colorretal antes dos 50 anos.
As condições abaixo definem as pessoas em risco médio:
•   Histórico pessoal de câncer colorretal ou pólipos adenomatosos.

•   Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (colite ulcerosa ou doença de Crohn).
•   Histórico familiar de câncer colorretal ou pólipos.
•   Histórico familiar conhecida de síndrome de câncer colorretal hereditário (polipose adenomatosa familiar) ou não hereditários de câncer de cólon (polipose).


Tratamento
A escolha do tratamento depende principalmente da localização da lesão tumoral no cólon ou reto e do estadiamento da doença. O tratamento da doença poderá incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica.

Cirurgia
A cirurgia é o tratamento mais frequente para o câncer colorretal, podendo ser realizada utilizando diferentes técnicas:
Colonoscopia - É quando se observa dentro do intestino, retirando-se um pólipo do cólon ou reto durante o exame.
Laparoscopia - É a técnica que introduz pelo abdome instrumentos, com os quais podem ser observadas as estruturas internas do corpo, retirando-se a região onde está localizada a lesão suspeita.
Cirurgia aberta - É quando o cirurgião realiza uma operação, na qual é necessária uma abordagem mais ampla, proporcionando uma melhor visualização das estruturas abdominais. Essa cirurgia é utilizada em casos onde a lesão não pode ser extirpada por outros métodos.
Quando se realiza a cirurgia de retirada da lesão cancerígena também se retira parte do cólon ou reto, e se conectam as partes sadias. Entretanto, algumas vezes não é possível fazer isto. Neste caso, durante a própria cirurgia se cria um caminho novo para a passagem das fezes, denominado estoma. O estoma é uma abertura criada na parede do abdome para se conectar ao extremo do intestino. Essa cirurgia recebe o nome de colostomia. A partir desta cirurgia, as fezes passam a ser armazenadas em uma bolsa coletora que fica sobre o estoma e se adere à pele do abdome.
Para a maioria dos pacientes, o estoma é temporário. Uma vez cicatrizadas as partes do cólon ou reto, um novo procedimento cirúrgico é realizado para conectar as partes do intestino e fechar o estoma. Alguns pacientes, sobre tudo os que têm um tumor na parte inferior do reto, precisam de um estoma permanente.

Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas como também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral.
Por se tratar de uma terapia sistêmica, a quimioterapia pode provocar alguns efeitos colaterais, tais como: anemia, queda do sistema de defesa imunológico ou alteração na coagulação do sangue, queda de cabelos, náuseas, vômitos, diarréia, dor e vermelhidão nas palmas das mãos e plantas dos pés.
É muito importante que o paciente comunique sempre ao médico qualquer sintoma que apresente e considere fora do normal. Assim, ele poderá definir a necessidade de utilizar ou não medicamentos adicionais para controlar os sintomas.

Radioterapia
É um tipo de tratamento que utiliza raios X de alta energia para destruir as células cancerígenas. A radioterapia pode ser externa, ou seja, quando a fonte de radiação está fora do corpo. O tratamento pode ser efetuado durante várias semanas sendo que, o número de sessões será determinado pelo médico. Outra forma de tratamento radioterápico é a braquiterapia, ou radiação interna, onde é introduzido, por meio de instrumentos específicos, material radioativo próximo à lesão tumoral. Uma vez terminado o tratamento o material é extraído do corpo.
Os efeitos colaterais da radioterapia dependem principalmente da dose de radiação que é administrada e da região do corpo. No caso do cólon e reto pode causar náuseas, vômitos, diarréia, deposições com sangue, moléstias urinárias e alterações na pele da região irradiada.

Terapia Biológica
É um tipo de tratamento no qual o paciente recebe um anticorpo monoclonal. Os anticorpos monoclonais chegam às células cancerígenas interferindo no seu crescimento e na disseminação da doença. Esse procedimento é utilizado em casos avançados da doença.
A terapia biológica pode ser administrada junto à quimioterapia. Por ser também um tratamento sistêmico, a terapia biológica pode ocasionar alguns efeitos colaterais, como: alergia, erupções cutâneas, febre, dor abdominal, vômitos, diarréia, sangramento, problemas respiratórios e alterações na pressão arterial.
Qualquer efeito colateral deve ser comunicado imediatamente ao médico para que seja iniciado um tratamento medicamentoso com o objetivo de minimizar ou evitar o aparecimento de efeitos secundários.

Tratamento do Câncer de Cólon
A maioria dos pacientes com câncer de cólon é tratada cirurgicamente. Em alguns pacientes é utilizada tanto a cirurgia como a quimioterapia. Em casos de doença em estadios avançados se utiliza a terapia biológica.
A radioterapia não é usada como tratamento para o câncer de cólon, entretanto, pode ser utilizada para aliviar a dor e outros sintomas.
A colostomia é necessária em algumas circunstâncias para pacientes portadores de câncer de cólon, mas na maioria das vezes, é temporária.

Tratamento do Câncer de Reto
O tratamento mais frequente para câncer de reto é a cirurgia. Em alguns casos pode-se utilizar a quimioterapia e a radioterapia. A terapia biológica é geralmente utilizada em casos de doença avançada.
A radioterapia pode ser prescrita tanto antes como após a cirurgia. Antes para reduzir o tamanho do tumor e após para destruir as eventuais células remanescentes no local.
A colostomia pode ser necessária em alguns casos: 1 em cada 8 pacientes portadores de câncer de reto precisará de colostomia permanente.

Atualidades no Tratamento
O câncer colorretal é um tipo de câncer relativamente frequente no mundo e no Brasil. O Ministério da Saúde estima aproximadamente 28.000 novos casos no Brasil este ano, sendo que a doença pode afetar tanto homens quanto mulheres. Por tratar-se de um tipo de câncer amplamente curável, desde que diagnosticado precocemente, a mortalidade por câncer colorretal pode ser bastante baixa. No Brasil foram registrados aproximadamente 11500 casos de óbito pela doença em 2007.
Entre os fatores de risco que podem predispor ao aparecimento do câncer colorretal, constam dieta rica em gordura e pobre em vegetais, obesidade e sedentarismo, e uma história de câncer colorretal na família (pais, tios, irmãos). Além disso, sabemos que o câncer colorretal ocorre com maior frequência em pacientes mais velhos, pacientes com as chamadas doenças inflamatórias intestinais e pacientes com número elevado de pólipos no intestino.
A prevenção passa por uma dieta rica em fibras, evitar a obesidade e atentar para possíveis sintomas que possam sugerir algum problema no intestino, levando o paciente a procurar uma investigação. Além disso, considerando a idade como grande fator de risco, diversos países preconizam o rastreamento do câncer colorretal através da realização de colonoscopia de rastreamento a partir dos 50 anos, ou ao menos através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (recomendado entre outros pelo Ministério da Saúde no Brasil). A detecção de sangue nas fezes deve levar o paciente a procurar investigação adequada com um clínico, gastroenterologista, proctologista ou cirurgião. Vale ressaltar que a grande maioria dos pacientes que apresentam algum sangramento retal (sangue vivo no papel após evacuação) se deve à presença de hemorróidas, que nada tem a ver com o câncer. Entre os sintomas que podem ocorrer como consequência do câncer colorretal estão o sangramento, anemia, mudanças na frequência e formato das fezes, um excesso de gases e distensão ou desconforto abdominal.
O diagnóstico do câncer é confirmado pela biópsia feita na colonoscopia. Uma vez diagnosticado, o paciente passa por avaliação com exames de sangue e tomografias para avaliar a extenção da doença. Na grande maioria das vezes, o paciente é então operado, com a ressecção de todo o segmento do intestino grosso no meio do qual estava o tumor. São também ressecados um grande número de linfonodos (gânglios) para avaliar se o tumor havia saído do intestino, e em casos de suspeita de alguma lesão à distância, frequentemente é feita uma biópsia adicional da área suspeita. Dependendo da profundidade do tumor na parede do intestino, da presença ou não de doença nos gânglios ou fora do intestino, faz-se necessária a complementação do tratamento cirúrgico com quimioterapia.
Quando se trata de tumores no reto, frequentemente é necessária a incorporação da radioterapia ao tratamento.
Na última década, novos medicamentos mais eficazes para matar células tumorais foram descobertos, o que tem melhorado muito a chance de o paciente não mais ter recidiva da doença e ficar, portanto curado. Mesmo quando a doença já é metastática (está fora do intestino, por exemplo, com um nódulo no fígado), a doença ainda pode ser curada, graças a melhores drogas disponíveis e a melhores técnicas cirúrgicas. Por definição, sempre que a doença é ressecável (operável) ela é potencialmente curável. Para pacientes incuráveis (nos quais a doença não mais é ressecável), dispomos de várias drogas com boa atividade antitumoral, não só quimioterápicos, mas também medicamentos chamados de “terapias-alvo” que alvejam determinadas proteínas das células tumorais e drogas que impedem o crescimento de vasos que iriam nutrir o tumor em crescimento.
Com o uso sequencial destas diversas opções de tratamento, pacientes com doença metastática não ressecável praticamente dobraram o tempo de sobrevida em relação ao que ocorria há 10 anos.
Como ocorre com diversos outros tipos de câncer metastático para os quais se consegue prolongar a sobrevida por alguns anos, estes anos podem significar uma chance para o aparecimento de novas e mais eficientes estratégias de tratamento.